Há nove dias Joaquim fez uma postectomia. Quero contar como
foi.
Tínhamos marcado antes do Natal com o cirurgião pediátrico.
Ficou acertado para o dia 03 de janeiro, uma terça feira. Como não estava com
disposição de esperar por médico do plano resolvi pagar particular e acabar com
o problema. O custo foi de mileduzentos o pacote, incluindo anestesista, material,
centro cirurgico. Quanto ao hospital o medico disse que podíamos escolher entre
a Santa Casa, ou Hospital Evangélico, preferi Santa Casa por ter ouvido falar
que lá possui um Centro Cirúrgico moderno. No dia do procedimento acordamos as
05 da matina, eu marido e beibe. Encapotei o bichinho, pois chovia muito e lá
fomos nós. Estava com o coração tranqüilo. Convicta de que estava fazendo um
bem para meu filho e para saúde dele e de suas futuras parceiras. Acredito que
essa cirurgia é uma questão de consciência também.
É sabido que as
pessoas que tem fimose tem maior risco de desenvolver câncer de pênis devido a
má higiene local e presença de infecções e pelo mesmo motivo um aumento da
incidência de câncer de colo de útero nas parceira de homens com fimose, sem
falar de candidíase. E o não tratamento pode ocasionar na idade adulta
dificuldades para o ato sexual.
É óbvio que a higiene perfeita do órgão masculino é difícil
quando há fimose. Li pela rede a fora, (e quando houve a campanha para prevenção
do câncer de pênis) o que me deixou pasma, é que em algumas regiões do país, as
mais longínquas, homens morrem ou levam uma qualidade de vida péssima e em
segredo, devido a desinformação. A situação da fimose se agrava a ponto que não
permite mais a saída da glande, propiciando a necrose do órgão.
Então, chegando ao hospital nos levaram para um quarto
horrendo, sujo até. Mas não importei ficaria apenas alguns minutos ali. Ledo
engano. A cirurgia estava marcada para 07h:30m.A enfermeira entregou a roupinha
para Joaquim vestir para a cirurgia, estava super amassada, mas parecia limpa.
Seguimos para a porta do centro cirúrgico com beibe no colo de meias, chupeta e
roupinha do hospital. Alguns minutos depois o médico e anestesista chegaram.
Joaquim estava calmo e com soninho. Em seguida mandaram-me segurá-lo para
colocarem um tipo de sedativo nele que foi aplicado pelo nariz. Chorou. Avisaram
que ele ficaria molinho. Em segundos ele começou a ficar grogue, ria de forma
lenta, ai! morri de peninha. Uma enfermeira, mais velha, veio buscá-los dos
meus braços já sedado. Perguntei já sabendo a resposta, se podia entrar com
ele. Ela disse que cuidariam bem dele. Choooreiii.
Passaram-se 40 minutos. Eu gastava a sola do sapato na
porta do centro cirúrgico. Conversava com um enfermeira idosa e mega simpática,
chamada Joaquina quando ouvi o choro do meu filhote, saí correndo para apanhá-lo
quando o trouxeram. Joaquina nos acompanhou até o quarto. Tomava soro. Beibe
gritava confuso e atordoado. Retiraram a agulha ( no pezinho) que ligava o
soro. Tentei dar o peito que estava hiper cheio. Ele não conseguiu. A ultima
mamada havia sido as duas da matina, já que precisava do jejum.
Percebi que haviam furado o braço dele duas ou mais vezes e
ainda o pezinho para o soro. Questionei, e o médico disse que foi difícil achar
a veia dele. Mãe sofre...
Fomos obrigados a ficar naquele fétido quarto das 10 horas
da manhã até as 03 da tarde. Beibe chorou por uns 25 minutos e
depois dormiu por umas duas horas.
Quando olhei o pipiu dele achei bem bonitinho, mesmo
inchado, porém notei que algo feriu o saco dele, havia uma bolhinha pequena.
Fomos para casa e foi recomendado passar pomada nos pontos e
afins.Ele ficou bem, não vomitou. Mamou normal. Senti um alívio e em momento
algum arrependo.Acredito realmente que foi o melhor para ele. Meu amadinho
merece tudo de bom e ainda ficar livre de infecções como teve no mês de
novembro do ano passado.
Enquanto esperava Joaquim acordar andei pelos corredores do
hospital e constatei como a instituição precisa de doações. Quartos com mobília
velhíssima, quase caindo aos pedaços. Paredes com mapas e mapas de bolor!
Goteiras em alguns corredores. Havia mãezinhas com seus bebês doentinhos. Que
dozinha. Orei e agradeci a Deus por meu filho estar ali por algo corriqueiro sem
maiores complicações. Pensei que se tivesse dinheiro ou ganhasse na loteria
doaria boa parte para instalações daquela unidade de saúde. Não tenho costume
de jogar. Saí dali com vontade de fazer uma fezinha.
Beijinhos.
Ai amiga, fiquei aqui com dozinha só de pensar... Mas o importante é q deu tudo certo ne.. Bjinhosss
ResponderExcluirPois eh Vanessa, passou, ainda bem...bjinhos pra vc tb!
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